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terça-feira, 8 de junho de 2010

ESPECIAL CULTURA AFRICANA I

romance o engate


Bom como nesse ano a copa é na África do Sul, resolvi fazer um especial de cultura da africana. Conheça uma das obras de Nadine Gordimer, escritora nascida na África do Sul ganhadora do prêmio nobel de literatura em 1991.O romance O engate desloca uma jovem branca e rica da África do Sul pós-apartheid para a desolação de uma aldeia miserável às margens do deserto, num país árabe de sociedade paternalista e regime ditatorial.


Julie Summers, filha de um banqueiro de Johannesburgo, conhece Abdu, um mecânico de pele escura, e por ele se apaixona.Trabalhando de forma ilegal na África do Sul, Abdu foi obrigado a ocultar seu verdadeiro nome, Ibrahim, a fim de permanecer clandestinamente no país. Julie optou por um estilo de vida alternativo, em companhia de um grupo de amigos boêmios.

Os dois se conhecem na oficina onde ele trabalha e a atração que sentem é imediata, não apenas no plano sexual, mas também pelas possibilidades de transformação que representam um para o outro. Abdu sonha com sua inserção definitiva no mundo ocidental. Para Julie, a reinvenção de sua própria vida pode estar na descoberta do universo islâmico.

Por problemas burocráticos, Abdu é extraditado e volta à sua terra natal. Julie foge com ele e procura adaptar-se às tradições da pequena e empobrecida terra natal de Abdu. Ele, porém, alimenta sonhos de tentar a vida nos Estados Unidos.O conflito entre perspectivas de vida e anseios tão díspares move a trama dessa narrativa feita de intensos choques culturais e afetivos. Leia um trecho:

romance o engate

VIDA DE IMIGRANTE


"Eles espremem a história da vida dele em dois tempos. Então quer dizer que é de lá que ele vem; um deles sabe tudo a respeito daquele tosco país. O 'cara da oficina' tem um diploma universitário de economia, mas não há a mais desgraçada das chances (e aquele lugar é uma desgraça, sabe-se lá por quê, provavelmente por causa das facções políticas ou religiosas às quais ele pertenceu ou deixou de pertencer, ou pela falta de dinheiro para pagar suborno às pessoas certas) de conseguir uma colocação acadêmica. Um deles pondera, quebrando um palito de fósforo em pedacinhos: – Um economista obrigado a virar mecânico. Onde será que ele aprendeu a lidar com carros... Um outro tinha a resposta. – A necessidade obriga. A única forma de entrar em países que não querem você é como trabalhador braçal ou sendo da máfia."


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Fonte: www.travessa.com.br/Nadine_Gordimer/autor
http://veja.abril.com.br/180204/p_110.html

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